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Entrevista com Antonio Vanezis do English Quest Camp

Entrevista com Antonio Vanezis

Numa entrevista curta mas muito interessante com Antonio Vanezis, ficamos a saber como começou o English Quest Camp. Também, na entrevista com Antonio Vanezis, descobrimos mais sobre como nasceram os Campos de Férias em Portugal e Espanha. E quais são os seus projetos futuros.

Pode apresentar-se a si e à sua empresa?

Sim!! O meu nome é Antonio. Trabalho no meu projeto, que é o English Quest Camps. Organizo campos de línguas no Verão, centrados principalmente no desenvolvimento de competências da língua inglesa em três destinos diferentes na Europa. Faço isto há dez anos, começámos primeiro com Chipre, há dez anos e, depois, lançámos os campos em Espanha e Portugal, em 2019.

Como surgiu a ideia dos campos de férias?

Antes de fazer os campos de férias de Verão, trabalhava como Associado de Marketing para uma universidade privada no Chipre. Fui como um parceiro de marketing externo para eles, ajudando-os a desenvolver a Rússia e a Ucrânia, e também para os ajudar a estabelecer a universidade entre os consultores de educação nestes mercados. Durante uma das minhas visitas, um dos professores perguntou-me: “porque não fazes um campo de férias no Chipre?”. E foi assim que começou 😂😂

Como surgiu a ideia de fazer campos de Verão em Portugal e Espanha?

Bem, sabemos que os campos de línguas no Verão são uma combinação entre a melhoria dos conhecimentos linguísticos e, ao mesmo tempo, de diversão e férias. É um pouco de educação misturada com turismo. Penso que Espanha e Portugal são alguns dos destinos mais interessantes para visitar durante o Verão. Deste ponto de vista, pensei, “ok, tenho de me certificar de que podemos criar um programa para além da língua que dará uma experiência muito interessante às crianças nestes destinos”. E foi por isso que escolhi estes dois países, pois podem ser muito interessantes para explorar e descobrir.

Qual era a sua missão e visão no início dos campos de férias?

Entre os 12 e os 16/17 anos, são idades muito interessantes. Para nós foi muito importante porque os hábitos e o estilo de vida destas crianças está a mudar. Agora há muita tecnologia nas suas vidas e elas não passam tanto tempo a socializar fisicamente. Por isso, socializam através dos meios digitais.

O nosso objetivo com os programas é que elas interajam fisicamente tendo também experiências interessantes ao ar livre, o que é muito útil para o desenvolvimento do carácter e de várias outras competências. Por esta razão, pensei “precisamos de fazer um programa que seja diferente que seja uma experiência muito interessante para as crianças que tanto gostam de tecnologia”. Elas não passam muito tempo ao ar livre, mas sim na escola ou em casa. Posto isto disse, “precisamos de lhes dar algo que será WOW 😳😱, interessante”.

Depois de terem esta experiência, regressam a casa e falam sobre isso durante vários dias. Muitas das experiências que terão talvez lhes façam mudar um pouco as ideias sobre como passar o seu tempo durante o ano. Consequentemente, começam a ter vontade de fazer algumas atividades e começam a ter novos passatempos. Seria interessante, por exemplo, a escalada natural, que nós temos esta atividade nos nossos campos. É uma atividade muito interessante!! Ou talvez fazer caminhadas na natureza, desfrutar do ambiente de diferentes parques naturais que existem em muitos países. Mas as crianças estão muito isoladas.

Por isso, para nós não basta oferecer-lhes sol na praia perto do mar. Tudo bem que é isso que alguns deles esperam, mas algo além disso vai tornar-se ainda mais interessante para eles. E é por isso que nos nossos programas incorporamos, integramos, mesmo que seja uma experiência curta, atividades na natureza.

O que torna o English Quest Camp único e o distingue de outros campos de férias?

Fazendo referência aos campos de línguas de Verão, geralmente, dependendo do destino, existem duas categorias, digamos dois tipos. Um é à beira-mar, na praia, praticar bons desportos no mar e mais nada na realidade. A segunda categoria é um destino que não tem mar, então normalmente são campos de férias na natureza. O que tentamos fazer, e penso que o fazemos bastante bem, é combinar estes dois tipos, proporcionando-lhes uma experiência num novo destino perto do litoral, bastante agradável com uma praia bonita e um mar incrível.

Mas, ao mesmo tempo, dar-lhes um pouco da experiência do destino, que está na natureza, utilizando estas possibilidades para as crianças terem uma maior variedade de atividades. Por exemplo, no Chipre, vamos para as montanhas, acampamos lá para que eles tenham a oportunidade de dormir à noite ao ar livre numa floresta. Maravilhosa experiência! E aproveitamos a fazer várias atividades. No caso de Portugal, o campo acontece no Porto, para além do programa que decorre na cidade também vamos a um local muito interessante, um parque de aventura. Passamos lá tempo porque acho que é muito interessante para as crianças terem estas experiências e descobrirem os lugares. E penso que é algo único, porque não sei se algum outro campo de férias de línguas oferece este tipo de atividades. 

Que tipo de atividades se pode fazer nos campos de férias?

Como mencionei anteriormente, as crianças estão alojadas em residências e as instalações nas residências proporcionam algum espaço para algumas atividades desportivas e de jogo. O que normalmente tentamos fazer é passar mais tempo também, especialmente durante as tardes na cidade onde o campo decorre.

Por isso, realizamos atividades por toda a cidade. Por exemplo, fazemos uma caça ao tesouro com conteúdos históricos interessantes para as crianças descobrirem. Também fazemos várias atividades ao ar livre, por exemplo, fazemos escalada natural. Realizamos algumas atividades de paintball, também temos a atividade de slide. Todas as atividades que organizamos e incluímos nos nossos programas têm sempre o fator principal, a segurança dos participantes. É muito importante garantir que o que quer que façamos seja muito seguro para todos.

Como é um dia típico de trabalho para si nos campos de férias?

Pela manhã, bem cedo, verifico se os participantes estão acordados e prontos para começar o dia. O resto da equipa responsável está sempre com as crianças, mas gosto de certificar que está tudo bem. Depois quando as crianças estão nas salas de aula a fazer o curso de línguas, reúno com a minha equipa e conferimos o programa do dia. Se está tudo preparado para o dia e aproveitamos também para discutir o programa do dia seguinte para ver se precisamos de preparar algo com antecedência. Quando os participantes saem do curso, acompanho as crianças e começamos as nossas atividades da tarde por volta das 16h00.

Estou praticamente ocupado com as crianças e com as diferentes atividades que organizamos todas as tarde. E, claro, isto vai até cerca das 22h00 com algumas outras atividades. Durante a tarde passo o meu tempo com as crianças, mas dependendo de onde estou, porque alguns dos programas podem sobrepor-se. Por exemplo, não posso estar ao mesmo tempo em Chipre e em Espanha. Por isso, onde estou, estou sempre a tentar estar perto da equipa. Se eles precisarem de alguma coisa, se precisarem de algum conselho, eu estou lá para os ajudar.

Como descreveria o sucesso dos campos de férias até agora?

Bem, ainda é cedo para falar de Espanha e Portugal, porque desde 2019 só decorreram alguns programas. Mas foi muito interessante a experiência que tivemos até agora. Para o Chipre, os primeiros dois/três anos foram um pouco lentos porque as pessoas não estavam tão acostumadas a viajar para o Chipre como viajavam para Malta. Toda a gente conhece Malta há tantos anos. Mas após três ou quatro anos, vimos bons progressos no número de participantes e também nas diferentes nacionalidades que conseguimos ter no nosso programa.

2022 foi um ano bastante positivo, mas como temos problemas com os mercados da Rússia e da Ucrânia, um terço dos nossos participantes vêm destes mercados. Portanto, não tínhamos estudantes destes, mas estávamos bem com alguns de outros mercados. Não foi um ano mau, mas eu estava à espera de mais.

Já 2021 foi um ano fantástico, foi espantoso. Tivemos um número muito bom de participantes inscritos e que participaram, mais do que eu esperava. Portanto, sim, estamos agora numa boa fase do nosso, digamos, desenvolvimento. Portanto, para mim, agora é necessário estudar e rever as nossas prioridades para o próximo ano, onde devemos colocar a nossa ênfase. Pois fazemos algumas atividades de marketing a partir de Novembro, e quero ver como definir as prioridades dependendo da situação que temos, porque a Rússia e a Ucrânia não irão trabalhar no próximo ano, estou certo, infelizmente. Portanto, precisamos de ter mais nacionalidades a entrar nos nossos programas.

Onde vê os campos de férias daqui a 5 anos? Algum projeto a caminho?

A ideia principal é ter um fluxo estável de um certo número de participantes por cada programa que organizamos em todos os nossos destinos. Este número de participantes deve representar pelo menos quatro ou cinco nacionalidades diferentes. É muito importante. Portanto, significa que precisamos de ter parcerias estáveis com agentes em alguns mercados chave. 

Tenho algumas ideias, mas tudo depende das circunstâncias globais, porque se tivermos um pouco mais de estabilidade política e económica, é sempre mais fácil começar algo novo. As ideias existem! Eu queria organizar um campo de férias de Verão na Holanda. É um país muito interessante. Também já pensei em começar um campo de férias no Dubai, que é um destino muito cativante. Penso que é cada vez maior o número de visitantes que vão fazer turismo no Dubai. Estes são destinos muito diferentes dos destinos já existentes na English Quest Camp. Portanto, dá uma variação muito mais ampla e muitas possibilidades para os nossos participantes. Mas isto talvez precise de esperar um pouco e ver como será a sugestão geral. Espero que talvez dentro de dois a três anos possamos ter algo de novo para oferecer ao nosso público-alvo.

O que difere a parceria com a Juvigo das demais?

Penso que o que é muito interessante na parceria com a Juvigo é o facto de haver uma possibilidade de comunicar e oferecer os programas que temos em vários mercados ao mesmo tempo. E estes são mercados muito bons. Se se fala de Itália ou Alemanha, por exemplo, ou mesmo Espanha e Portugal, há mercados muito interessantes porque são países onde muitas crianças vão aos programas de Verão. Portanto, temos diferentes tipos de possibilidades para crescer através das plataformas Juvigo e é isto que vamos tentar fazer e preparar juntamente com os seus colegas para ver como podemos conseguir mais reservas para o próximo ano utilizando diferentes ideias promocionais.

Tem algumas palavras finais para os nossos leitores?

Para os vossos leitores? Se não me engano a maioria dos vossos leitores são pais, certo? Penso que os pais concordariam que as crianças precisam de passar mais tempo longe da tecnologia e aproveitar o mundo de possibilidades que oferecemos. Porque isto irá ajudá-los a desenvolver várias outras competências que não podem desenvolver através da tecnologia. Tornará as suas personalidades ainda mais desenvolvidas e mais interessantes à medida que crescem. E é por isso que tentamos proporcionar este tipo de ambiente.

Assim, encorajamos os pais a fazer isso. Encorajamo-los a enviar os seus filhos para os nossos programas, para lhes proporcionar experiências maravilhosas. Para muitas das crianças é a primeira vez que o experimentam. Eles nem sequer acreditam que o conseguem fazer pois estão sempre a dizer “ei, uau, eu fiz isto!”. Quer dizer que agora podem fazer isso! E eles têm ainda mais confiança em si próprios e mais auto-estima. E eu penso que isto é muito importante para as crianças. É uma boa oportunidade para todos os que possam participar nestes programas.

No final as memórias que levam das experiências são maravilhosas!

5 / 5. Em geral: 2

Miguel Matos

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