Entrevista com Afonso Leitão
Numa entrevista cheia de partilha, Afonso Leitão da Edu4WORD contagia-nos com a sua paixão pelos Cursos de Línguas, mostrando como é tão vantajoso, empolgante e cativante para todos nós participar num dos seus Programas no Reino Unido.
Pode apresentar-se a si e à sua empresa?
Chamo-me Afonso Leitão e sou um dos diretores da Edu4WORD: somos uma empresa de consultoria educacional, especializada em programas – sempre com Inglês – no Reino Unido, Irlanda e Portugal, para Crianças, Jovens e Adultos. A nossa experiência de cerca de 20 anos diz-nos que o programa tradicional com um foco único no Inglês perdeu alguma predominância, uma vez que as competências que hoje em dia as crianças e os jovens precisam de desenvolver são as chamas 21st Century Skills, nomeadamente a Autonomia, a Curiosidade, a Multiculturalidade, a Tolerância, a Resolução de Problemas, a Comunicação, a Criatividade e o à vontade em situações um pouco diferentes e que fogem ao ninho em que efetivamente estão habituados.
Por via dessa experiência e por via de um posicionamento muito categórico, especialmente naquilo que conseguimos oferecer aos Pais e Encarregados de Educação e do cuidado que temos com cada Participante, fruto também do nosso permanente envolvimento nas operações que decorrem no estrangeiro, temos a capacidade de interferir positiva e construtivamente no desenho e no design dos Programas, assegurando que estes cumprem não só o objetivo de aprimorar o Inglês, quer para o nível iniciante quer para o nível mais avançado – nomeadamente para quem já estuda em colégios internacionais – como também fomentar um ambiente que proporciona o desenvolvimento dessas competências que achamos tão importantes, hoje, amanhã e depois de amanhã.
Neste momento, a maioria das operações passam por crianças e jovens no Reino Unido. Estamos a preparar uma nova edição dos nossos Programas em Portugal e também a inovar relativamente a novos Programas para Adultos, em Portugal e no estrangeiro.
Como surgiu a ideia dos cursos de línguas? E porquê no Reino Unido?
Já tínhamos uma atividade familiar ligada às Línguas: tínhamos um Escola de Línguas com cerca de 800 Alunos e estes Programas eram, à data, complementos muito interessantes para a aprendizagem que os Estudantes faziam ao longo do ano. Enquanto outras escolas procuravam maneiras de dinamizar os seus Verões com atividades no seu próprio espaço, começámos a ir criando grupos de Alunos para viverem estas experiências, conhecerem novas culturas e interagirem com novos Participantes – “saber estar, ser e fazer”, pois comunicavam diariamente em Inglês e com pessoas de todo o Mundo.
Começar no Reino Unido pareceu-nos o passo mais acertado, proporcionado aos Participantes o melhor ambiente possível para aprender o idioma, em contexto multicultural, e também porque fomenta uma correta absorção e vivência do ambiente e cultura Britânica.
A minha primeira vez no Reino Unido como Participante aos 6 anos. Recordo-me que estava muito resistente e que fui persuadido a aderir por se tratar de um Programa com muitas horas de futebol, inclusivamente com treinadores de clubes da Premier League e patrocínios interessantes. Lembro-me com saudade de ligar para casa através de uma cabine telefónica – já existiam telemóveis, mas não para crianças de 6 anos! Rui todos os anos, desde este até aos meus 16 anos, a partir daí regressei três anos seguidos, mas por mais tempo e já como elemento do Staff do Colégio, tendo começado por ser Nadador-Salvador, Assistente da Direção e terminado como Diretor de Excursões. Termos esta experiência – que aliás partilho com o resto da Equipa Edu4WORD – é muito importante para conversarmos com Fornecedores, Parceiros e Clientes com toda a propriedade e numa capacidade de verdadeiros experts destas experiências.
Destaco naturalmente o nosso papel com Clientes: quer Pais, Encarregados de Educação e os próprios Participantes. Temos a consciência da Responsabilidade que nos é confiada, mas também do enorme desafio que estes Programas representam para Crianças e Jovens, da Coragem necessária para enfrentar este desconhecido, e não é raro termos Pais/Encarregados de Educação a chorar assim que os Participantes passam a zona do check-in, assim como é habitual os Participantes chorarem no regresso, lamentando o término da experiência.
Tivemos em 2022 a primeira experiência na Irlanda, com um pequeno grupo de Participantes, com um balanço muito positivo. Será certamente uma experiência a repetir e a acrescentar de forma permanente ao nosso portfólio de Programas, com a ligeira vantagem de que não existe o obstáculo Passaporte nem o obstáculo Libra Esterlina. Em 2023 já estamos a preparar o Programa com o dobro dos Participantes e num Colégio de referência.
O que torna a Edu4WORD único e o distingue de outros organizadores destes cursos de línguas?
A partir do momento em que o Cliente – seja Pai, Encarregado de Educação ou Participante – contacta connosco, creio ser impossível não identificar desde logo as diferenças: a diligência e gosto com que apresentamos a Edu4WORD, Missão e Valores, bem como a propriedade ao discutirmos o nosso portfólio costumam tranquilizar muito quem está do outro lado, e não é raro que seja a Sofia ou eu próprio, ambos Sócios da Empresa, a conversar com quem nos contacta. Por outro lado, o Cliente sempre consegue identificar um Programa que vá ao encontro da expectativa criada ou dos traços que pretende adquirir/aprimorar.
Os Programas são preparados para que todo e qualquer Participante possa ter uma experiência inesquecível, privando com colegas de muitos outros países, tendo aulas com professores nativos e experientes no ensino de Inglês a estrangeiros, em Colégios centenários nas localidades mais idílicas – tudo isto com o ambiente apropriado para a aprendizagem e diversão.
Outro aspeto que nos distingue são os nossos Group Leaders: somos muito exigentes e felizmente temos tido a sorte de encontrarmos fantásticos profissionais. Procuramos essencialmente pessoas com muitas competências humanas, empáticas, cuidadoras e sempre com experiência prévia enquanto Participante. Costumo brincar e referir que procuramos essencialmente “senso comum – que não é assim tão comum, nos dias que correm”. É costume, até, abordarmos Participantes de 17 ou 18 anos a que tenhamos reconhecido estes traços e desafiarmos para que tenham esta experiência connosco.
Diferencia-nos também o conhecimento que temos de cada Programa: visitamos várias vezes o Reino Unido e Irlanda para conhecermos a fundo cada Programa, as suas valências e o que os torna diferentes dos demais. Recusamo-nos a “comprar por catálogo”, entendendo que é uma ótima receita para frustrar expectativas: é exigente, consome tempo e é um investimento pesado, mas é o sistema que mais garantias nos tem oferecido relativamente à qualidade com que nos pretendemos comprometer.
Que tipo de atividades se pode fazer nos cursos de línguas, para além de se aprender uma língua nova?
Há sempre algo para fazer e algo para aprender. As aulas de Inglês são uma parte importante do Programa: como referi acima, são lecionadas por professores nativos e com experiência no ensino de Inglês a estrangeiros. Tradicionalmente trabalhamos 3 horas diárias, 15 horas semanais de Curso de Inglês, embora haja Programas com um pouco mais e outros com um pouco menos. Pese embora as aulas decorrerem em ambiente académico, é muito frequente que os Participantes tenham de se dedicar a um projeto em áreas pelas quais têm especial interesse, fomentando também a partilha de experiências com os colegas da turma. Trabalhamos com o Common European Framework, que cataloga os níveis de fluência em idioma estrangeiro desde o A1 até ao C2: nos níveis iniciais é frequente existir especial atenção à conjugação de verbos, quotidiano e também gramática.
À medida que o Participante vai progredindo, é natural que cada vez mais o ensino se foque em temas, culminando em aulas de História, Economia ou Estudos Sociais mas em Inglês, contribuindo significativamente para a fluência de cada um e para a aquisição de novo vocabulário.
Para além de tudo isto temos Excursões, como referido acima, algumas a locais mais próximos e outras mais demoradas, é comum irmos à capital (Londres no Reino Unido e Dublin na Irlanda), bem como Cambridge ou Oxford – locais que os Participantes têm natural curiosidade em conhecer e com vários eventos culturais para viverem, quer pela primeira quer pela segunda ou terceira vez – sendo que ir à LEGO, M&M’s World ou ao Hard Rock Café são eventos culturais de excelência!
No Colégio, temos vários desportos e atividades artísticas em oferta: futebol, rugby, ténis, cricket e também dança, representação, decorações para atividades específicas ou também cozinhar. Depois de jantar ainda há oportunidade para outras experiências, tais como Talent Shows, Discotecas, Karaoke… nunca esquecerei quando apresentei uma peça Grease enquanto Travolta ou quando assisti a Participantes italianos de 10 anos a cantar KISS, com maquilhagem e tudo!
Como é um dia típico de trabalho para si nos cursos de línguas?
Tendencialmente sou o Group Leader dos Group Leaders e dos Pais e Encarregados de Educação! Isto significa que costumo ficar no escritório e manter reuniões pontuais com os Group Leaders, aferindo o conforto dos Participantes (e o deles!), bem como a entrega do Programa. Por outro lado, estou também muito disponível para os Pais e Encarregados de Educação: quer porque um Participante está gripado ou para oferecer algum input relativamente a um carregamento no Revolut a um dos Participantes… Acabo por ser um apoio importante para Todos, permitindo-me acompanhar todos os Programas e Participantes, recolhendo também feedback para as próximas oportunidades e novos Programas.
Então, ultimamente não tem feito parte das viagens?
2021 foi o meu último ano. O desafio era tão grande (conjuntura Covid), que senti que precisava de estar no terreno para conforto dos Participantes e respetivas Famílias, mas também para conforto próprio: apesar de toda a nossa experiência, falamos de experiências muito expostas a vários elementos, pelo que todo o cuidado é pouco. Felizmente, desde essa altura, temos tudo Group Leaders fantásticos, extremamente capazes e com uma enorme vontade de aprender – facilita muito que a Sofia Leitão seja coordena a formação dos mesmos e que seja ela própria Group Leader, pois já tem 38 anos de experiência, é Mãe e tem uma enorme facilidade em transmitir conhecimento de maneira pedagógica e fácil de entender. Fazemos também algumas formações com Terapeutas e outros profissionais de Saúde, ao longo do ano, para que estejamos sempre a par das melhores práticas e para que os Programas Edu4WORD sejam sempre inclusivos.
Como descreveria o sucesso dos cursos de línguas até agora?
Tem sido um mercado em franco crescimento e temos tido a sorte de aprender todos os anos. Temos dado conta que o nível de fluência inicial dos Participantes é cada vez melhor, por outro lado, os seus níveis de Confiança e Auto-Estima são cada vez menores, e um sem o outro não chega – são carências muito próprias do contexto atual e muito acentuadas durante os confinamentos sucessivos, greves escolares e por vezes ambientes familiares fragmentados. Daí a nossa preocupação crescente com as soft skills a transmitir aos Participantes e felizmente temos conseguido que os Participantes desenvolvam estas competências e que se permitam sonhar e voar cada vez mais alto.
Acredito que cada vez mais estas experiências sejam um fator diferenciador, um dínamo na vida dos Participantes, que certamente os irá compelir e ousarem, a se desafiarem, a serem curiosos e a atingirem os seus objetivos pessoais, académicos e profissionais.
Onde vê os cursos de línguas daqui a 5 anos?
Pegando na resposta anterior, acredito que daqui a 5 anos estaremos a organizar Programas sem aulas formais de Inglês, mas com aulas em Inglês – isto significa que os Participantes vão aprender Economia, Direito, Recursos Humanos, Tecnologias de Informação, Filosofia… em Inglês – e hoje já é muito importante! Acredito que será um experiência diferenciadora para que os Participantes comecem a contactar mais cedo com novas áreas/aprofundar temas da atualidade, ajudando-os a dedicar cada vez melhor sobre o percurso profissional que pretendem seguir. E, quem sabe, Programas com experiências quasi-laborais, inserindo os Participantes num contexto novo, num país diferente e utilizando um idioma diferente.
Algum projeto a caminho?
Vários! Os “desvendáveis” são Portugal e Adultos.
Em 2020 fizemos uma primeira experiência em Portugal, com o Summer School Edu4WORD, em Oeiras. Foram 328 Participantes ao longo das 8 semanas, em Julho e Agosto – e logo em contexto Covid! O projeto correu tão bem que criámos algum receio na sua repetição, mas precisamos de ousar. Vamos fazer um esforço para lançarmos uma nova versão do Programa em 2024, muito diferenciador de tudo o que já acontece em Portugal.
Já nos Adultos estamos a preparar um projeto em Portugal e outro no Reino Unido, muito focados em proporcionar um fast track no idioma e networking. Stay tuned!
O que difere a parceria com a Juvigo das demais?
A parceria com a Juvigo é muito inovadora para nós na medida em que foi a primeira parceira que nos surgiu em que tivemos de delegar o processo de venda. A maioria das parcerias que nós temos não pressupõe que seja outro canal a fazer a venda que o nosso trabalho seja de gestão e não também da aquisição do Cliente.
A Juvigo sempre se mostrou muito recetiva a perceber os nossos processos e a interiorizar quais são os ganchos que nós temos para que o Cliente perceba que os Programas Edu4WORD são bem preparados, com critério e com o melhor acompanhamento. Todos os Clientes originários do canal Juvigo chegam até nós muito bem briefados e com toda a informação necessária, elogiado o trabalho da Alexandra e do Miguel, bem como dos Colegas. Acredito que para alguns Clientes seja especialmente interessante marcar os Programas via Juvigo, uma vez que se trata de uma plataforma internacional e que confere uma legitimidade.
O facto da Juvigo ter uma equipa dedicada a Portugal, com Portugueses, consegue transmitir o Abraço que gostamos que os Clientes sintam, que se sintam envolvidos e também ouvidos.
Tem algumas palavras finais para os nossos leitores?
Temos uma paixão muito grande pelo que fazemos e um cuidado enorme por todos os Participantes – esta seria uma boa nota final. Para Pais e Encarregados de Educação parece-me importante salientar várias vezes que temos noção da responsabilidade que nos confiam, que acolhemos com muita honra e satisfação. Aos Participantes, dizer que estas experiências são o despertar de um novo Mundo, de um próprio processo de descoberta de nós mesmos. Serão expostos a colegas de países como o Japão, Israel, Colômbia, Perú, Espanha, França, Suécia, Estónia, etc – descobrindo novos interesses, experimentando novas vivências, é assustador! E é também uma das melhores experiências que terão na vida. É preciso Coragem, Perseverança e Determinação, e no final vale tanto a pena que só vão pensar em repetir.
Obrigado Alexandra!
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